domingo, 27 de julho de 2008


Excesso de oleosidade
É a maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo. Na tentativa de manter a quantidade de calor equilibrada, as mudanças bruscas de temperatura promovem o aumento da transpiração e também da gordura, uma das proteções naturais da pele. “Isso pode provocar oleosidade excessiva e seborréia, o que em breve causará, sem sombra de dúvidas, a queda”, explica a terapeuta capilar Sheila Bellotti.




Higienizar o couro cabeludo, usar fórmulas à base de ativos que controlem a fabricação de óle
o, equilibrem o pH e nutram o bulbo são boas medidas para combater o excesso de oleosidade. “É importante que os produtos sejam de qualidade e com agentes específicos para limpar a região, como betaína, argilas verde e branca, zinco, extrato de hera e de laranja”, observa Sheila.

Os homens com rarefação ou redução da quantidade de cabelo podem apresentar aumento de oleosidade. “Como os fios são uma proteção, sem eles ou com sua diminuição, o organismo defende-se produzindo mais óleo”, diz a especialista. Para a calvície, no caso de hereditariedade, tanto no homem quanto na mulher, a produção de DHT (dihidrotestosterona), que se dá pelo hormônio testosterona e pela enzima
5-alfa-redutaze encontrada em abundância na glândula sebácea, eleva a produção de gordura.

Caspa e seborréia
A caspa é a descamação esbranquiçada do tecido do couro cabeludo. Sua intensificação chama-se seborréia (ou dermatite seborréica) e inclui inflamações e lesões avermelhadas que podem atingir outras áreas e não só o couro. O elemento desencadeante da caspa ainda não foi comprovado. No entanto, sabe-se que ela é bastante suscetível às mudanças bruscas ou constantes de temperatura. Stress, alterações hormonais, no caso dos homens, o excesso de testosterona aumenta a atividade da glândula sebácea; exposição excessiva a altas temperaturas, excesso de químicas, utilização inadequada de produtos, processos alérgicos também são fatores que ocasionam o problema.

Sheila Bellotti explica que no organismo há vários fungos e bactérias convivendo em quantidades e situações ideais sem afetar a saúde. Mas, quando essa cadeia se desarmoniza, podem ocorre
r vários problemas, entre eles, a caspa. “Ela é ocasionada pelo fungo pityrosporum ovale, que vive normalmente no couro cabeludo mas, se produzido em grande quantidade, acaba provocando irritação e descamação”. A médica acrescenta que a seborréia está diretamente ligada à queda. “Apesar de não ser a única causa, é um dos fatores importantes para desencadear o problema”, revela.

Hoje existem várias formas de detectar e tratar caspa e seborréia. Exames e avaliações, terapias com uso de substâncias de última geração que controlam o processo, equipamentos que auxiliam a remoção do sebo e reduzem o prurido. “A utilização de LLLT (Laser de Baixa Tensão) tem se mostrado eficaz nos tratamentos dos processos seborréicos. Existem muitos estudos em busca de fórmulas e maneiras de solucionar esse mal que, apenas no Brasil, segundo pesquisas recentes, acomete cerca de 54% da população com faixa etária produtiva, de 20 a 50 anos, pelo menos uma vez por ano”, ressalta a especialista.

Queda
Ocasionada pela redução do metabolismo das células da raiz do cabelo, que é provocada pelo
hormônio masculino chamado deidrotestosterona e conhecido na área médica como DHT. O cabelo nasce mais fraco, curto e fino, com qualidade inferior. Stress e dermatites, além da inflamação do couro cabeludo, causada pelo excesso de óleo, também provocam a queda. As conseqüências vão desde branqueamento dos fios até calvície (alopecia). Há também a calvície rarefeita, que deixa a cabeleira mais rala.

O médico tricologista Dr. Ademir Jr., de São Paulo, ressalta que há pesquisas com células-tronco que já estão dando bons resultados. Ele cita ainda algumas medicações. “Sabe-se que o Minoxidil funciona, mas desconhece-se como isso acontece exatamente e nem o porquê. É um ativo dilatador que aumenta a circulação do sangue no couro cabeludo e a proliferação das células da raiz, fazendo com que os fios cresçam”, diz. Ainda de acordo com Dr. Ademir, outro ativo aprovado é a Finasteride ou Finasterida, em forma de comprimido. “O nome comercial é Propécia ou Finalop. Sua ação inibe a produção da deidrotestosterona, prevenindo a queda. Há também o Alfa-estradiol, cujo nome comercial é Avicis. Funciona como a Finasterida com a diferença de
que é em loção”, observa. Em conjunto com os remédios pode ser adotada suplementação nutricional vitamínica, que deixa os fios fortalecidos. Há ainda terapias capilares, feitas com massagens e aparelhos a laser de baixa freqüência, que estimulam o couro cabeludo. “Estudos comprovam que esses métodos efetivos”, diz o médico.

A supervisora técnica do Studio Wella em São Paulo, Alessandra Meller, aponta como aliados no combate à queda produtos que combinem cafeína, que estimula a circulação sangüínea; biotina, que otimiza a queratinização; acido láurico para proteger a raiz, e vitaminas “Esses ativos melhoram e fortalecem a estrutura capilar”, explica.





Nenhum comentário: